25 anos
Peça dirigida por Francis Mayer mergulha na vida e obra do escritor francês Jean Genet, em montagem provocadora e intensa.
O Teatro Municipal Casa da Ópera, em Ouro Preto, recebe neste sábado, 8 de novembro, às 20h, o espetáculo “Marginal Genet”, nova criação do diretor Francis Mayer, que leva ao palco uma leitura poética e visceral da trajetória do escritor e dramaturgo francês Jean Genet — uma das figuras mais controversas e transgressoras da literatura mundial.
A peça, que tem 70 minutos de duração e classificação indicativa de 18 anos, é livremente inspirada nas obras “Diário de um Ladrão”, de Jean Genet, e “Saint Genet”, de Jean-Paul Sartre. Após o impacto de sua montagem anterior, “Pasolini no Deserto da Alma”, Mayer dá continuidade à sua investigação cênica sobre personalidades “malditas” e marginais da arte e da filosofia.
No elenco estão Thiago Brugger (Jean Genet), Fernando Braga (René), Vinícius Moizés (Bernardini), Yago Monteiro (Lucien) e Samuel Godois (Charlotte Renaux). A direção promete uma encenação provocadora, explorando temas como identidade, liberdade, desejo e resistência por meio da linguagem teatral.
Os ingressos custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada), e podem ser adquiridos antecipadamente pelo Sympla ou na bilheteria do teatro, que funcionará uma hora antes do espetáculo.
Francis Mayer destaca que a obra busca ir além da biografia do escritor, propondo uma reflexão sobre o papel da arte e da marginalidade na sociedade.
“Jean Genet foi um homem que transformou a própria exclusão em potência criativa. Ele nos obriga a olhar o abismo sem medo. Este espetáculo é sobre essa coragem de existir fora da norma”, afirma o diretor.
O autor Jean Genet esteve no Brasil em 1970, a convite da atriz e produtora Ruth Escobar, para acompanhar a temporada de “O Balcão” no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo — fato que também inspira trechos da encenação.
A Casa da Ópera, localizada na Rua Brigadeiro Musqueira, 104, é o palco ideal para o diálogo entre o clássico e o contemporâneo, abrigando mais uma vez um espetáculo que provoca o público a repensar arte, moral e liberdade.
Foto: Divulgação
