DEZ ANOS DEPOIS: Campus Ouro Preto revisita a tragédia de Fundão

Atividades culturais e debates refletem sobre os impactos da tragédia e o papel das instituições de ensino diante dos conflitos minerários na região.

   Durante todo o mês de novembro, o Campus Ouro Preto do IFMG realiza a programação “10 anos de Fundão”, em referência à tragédia causada pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015. As atividades propõem reflexões sobre os impactos socioambientais e os desdobramentos do desastre que marcou a história recente de Minas Gerais.

   A abertura acontece nesta quinta-feira, 6 de novembro, com a instalação “Zona de Sacrifício”, da artista visual e professora Ana Elisa Novais, da Coordenadoria de Língua Portuguesa (CODALIP). A obra, que será inaugurada às 11h, no Auditório Arthur Versiani Machado, apresenta uma crítica à condição de vulnerabilidade imposta pelas barragens de mineração em Minas Gerais e no país.

   Ainda no dia 6, às 19h, o campus sedia a mesa-redonda “Qual o papel do IFMG nos conflitos minerários de nossa região?”, reunindo as professoras Ana Elisa Novais (IFMG), Elodia Honse Lebourg (UFOP), Rossely Valoni de Jesus (IFMG) e Cristiane Gonçalves (UFOP). A mediação será feita pelo professor Daniel Neri (IFMG). A atividade será reapresentada no dia 12 de novembro, às 9h, também no auditório, ampliando o acesso do público ao debate.

   O encerramento da programação acontece com a exibição do filme “O silêncio das ostras”, em duas sessões comentadas: no dia 18, às 9h, e no dia 19, às 19h, ambas no Auditório Arthur Versiani Machado.

   As ações são organizadas por um grupo interdisciplinar de servidores do campus, que reúne representantes de diversas áreas do conhecimento: Ana Elisa Novais e Elke Pena (Língua Portuguesa), Daniel Neri (Física), Laura Rocha (Educação Física), Luccas Couto (Geografia), Fabiano Silva (História), Rossely Valoni (TAE/Biblioteca) e Juliana Campos (Filosofia/Sociologia).

   Com a iniciativa, o IFMG – Campus Ouro Preto reforça seu compromisso com a memória, a crítica social e a formação cidadã, estimulando a comunidade acadêmica e a população a refletirem sobre os desafios e as responsabilidades diante dos impactos da mineração na região.

Foto: Cartaz / Divulgação