Prédio de 19 andares no hipercentro funcionava como centro de distribuição de mercadorias ilegais para shoppings populares.
A Receita Estadual de Minas Gerais, em ação conjunta com a Receita Federal (RFB), a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação “Desbordo”, voltada ao combate ao contrabando e descaminho de produtos importados.
A operação foi realizada em Belo Horizonte, onde um edifício de 19 andares e subsolo, localizado no hipercentro da capital, funcionava como uma base de estocagem e distribuição de mercadorias ilegais destinadas a shoppings populares da Região Metropolitana.
De acordo com a Receita Estadual, o valor das fraudes identificadas ultrapassa R$ 50 milhões, envolvendo eletrônicos, brinquedos, roupas e outros produtos sem comprovação de origem regular. As investigações apontam para a existência de uma organização criminosa estruturada e articulada, que teria movimentado mais de R$ 100 milhões em mercadorias de contrabando.
No total, sete estabelecimentos foram alvos da operação, que cumpriu mandados de busca e apreensão, além de bloqueio e sequestro de bens e valores.
“Acreditamos que este seja um dos maiores estoques de mercadorias fruto de contrabando e descaminho já desmobilizados na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O prédio funcionava como célula de abastecimento para o comércio popular. A ação exigiu um grande esforço de inteligência e integração entre as instituições para desmonetizar o crime contra a ordem tributária”, destacou o auditor fiscal Pierre Julião, da Receita Estadual de Minas Gerais.
Participaram da operação 22 auditores fiscais da Receita Estadual, 21 auditores e analistas da Receita Federal, além de 28 policiais militares e 18 policiais federais.
Os investigados poderão responder por sonegação fiscal, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Entre as irregularidades apuradas estão a evasão de tributos, concorrência desleal, venda de produtos de origem duvidosa e o uso de recursos ilícitos para ocultação de valores.
Em nota, a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG) e as instituições parceiras reafirmaram o compromisso de atuar com inteligência, integração e inovação no combate à ilegalidade. O objetivo, segundo o órgão, é garantir um ambiente de negócios justo e competitivo, que valorize o empreendedor que produz e investe de forma responsável, contribuindo para uma Minas Gerais mais próspera e equilibrada.
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