O Procon interditou, na quinta-feira (03/07), quatro postos de combustíveis da Rede Vixx por comercialização de substâncias adulteradas. A ação foi realizada em conjunto com a Polícia Militar. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a medida foi tomada após a análise técnica de amostras de combustíveis recolhidas pelo Procon-MG.
Os combustíveis foram encaminhados ao Laboratório de Ensaios de Combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais (LEC/UFMG) e o resultado comprovou que as substâncias apresentavam vício de qualidade. A análise indicou que os combustíveis foram adulterados por adição de solventes.
O Procon-MG alega que a adulteração é uma grave afronta aos direitos do consumidor e gera prejuízos nos veículos como danos ao motor, perda de desempenho, aumento do consumo de combustível, elevação dos custos de manutenção, risco à segurança e impacto ambiental. Por isso, o órgão determinou a interdição total dos postos de forma imediata e até que seja comprovada a adequação do combustível às normas vigentes.
Além disso, o Procon-MG determinou a abertura de um processo administrativo para cada um dos fornecedores e notificação. Os responsáveis pelos estabelecimentos deverão apresentar defesa no prazo de 10 dias úteis, após a notificação.
Nas avaliações on-line de alguns dos postos, motoristas já vinham denunciando que o combustível vendido nas unidades eram de baixa qualidade. “Enchi o tanque e o carro começou a engasgar ao pisar no acelerador. Quando abasteci em outro posto o problema parou. Nunca mais”, comentou uma pessoa.
Outra avaliação de 2023, chegou a ameaçar, inclusive, denunciar a unidade ao Procon e à ANP. “Combustível adulterado, abasteci 15 litros de etanol para no meu HB20 no domingo (15/01/2023) o que ocorreu o carro parou de funcionar, ficou pipocando na noite de domingo, sem força para arrancar. Perdi o dia de serviço e faturamento, pois sou motorista de aplicativo […] danificou a bomba de combustível, regulador de pressão da bomba, travou os bicos injetores e até hoje, quarta-feira dia 18/01/2023, estou sem carro e o conserto nem sei quanto vai ficar”, relatou o consumidor.
Em nota, o Minaspetro afirmou que o combate à irregularidade deve ser contínuo. “Adulteração é um crime grave, que lesa motoristas, tira receita do Estado e deturpa o mercado, levando à falência revendedores que tentam concorrer em pé de igualdade com criminosos que se utilizam de práticas ilegais, como adulteração, sonegação e fraude volumétrica. Já é sabido que o crime organizado está entranhado no mercado de combustíveis. Por isso, o Minaspetro produziu uma campanha que alertou os consumidores sobre fraudes e preços praticados muito abaixo do mercado, que podem significar má qualidade do produto”, afirmou o sindicato.
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