Procon alerta para falsos anúncios com imagem e voz de celebridades e reforça cuidados para evitar prejuízos e endividamento durante o período de promoções.
A tradicional Black Friday, data marcada por grandes promoções no comércio, será realizada em 28 de novembro. Este ano, além dos cuidados já conhecidos, os consumidores precisam ficar atentos a uma nova ameaça: o uso da inteligência artificial (IA) por golpistas para aplicar fraudes online.
O coordenador do Procon Minas, Marcelo Barbosa, explica que criminosos estão utilizando a tecnologia para criar vídeos falsos (deepfakes), com imagem e voz de celebridades, anunciando supostas ofertas de lojas conhecidas.
“A inteligência artificial é capaz de criar vídeos de altíssima qualidade mostrando qualquer personagem utilizando qualquer voz vendendo qualquer coisa em nome de qualquer loja”, alerta Barbosa.
Ele recomenda que o consumidor desconfie de anúncios com famosos oferecendo produtos com preços muito baixos e verifique a veracidade do conteúdo antes de efetuar qualquer compra. Ferramentas de checagem como Agência Lupa e Aos Fatos podem ser usadas para confirmar a autenticidade dos vídeos.
Além do risco de golpes virtuais, o Procon também chama atenção para o perigo do endividamento durante o período de promoções. Barbosa orienta que o comprador avalie se realmente precisa do produto, se possui recursos para pagar à vista e se a compra pode ser adiada.
Dicas para evitar golpes e prejuízos
O Procon Assembleia elaborou uma série de recomendações para garantir uma compra segura durante a Black Friday:
Desconfie de preços muito abaixo da média de mercado e confira se o site é oficial, digitando o endereço diretamente no navegador.
Evite clicar em links recebidos por mensagens, e-mails ou redes sociais.
Prefira pagamentos com cartão de crédito ou débito. Se optar pelo Pix, verifique se o destinatário é, de fato, a empresa.
Pesquise a reputação da loja em sites como Reclame Aqui, Ebit e Site Confiável.
Verifique o estoque antes de efetuar o pagamento. Caso o produto não seja entregue, o consumidor pode exigir a entrega, outro item equivalente ou o reembolso.
Consulte a lista “Evite esses sites”, disponível no portal da ALMG, com endereços virtuais suspeitos de fraude.
Confira se o site informa dados da empresa, como CNPJ, endereço físico e telefone.
Atualize o antivírus e evite fazer compras em computadores públicos ou redes Wi-Fi abertas.
Guarde todos os comprovantes da negociação e exija sempre a nota fiscal.
Lembre-se do direito de arrependimento: em compras online, o consumidor tem sete dias para desistir da compra e receber o valor pago de volta, conforme o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor.
Por fim, o Procon alerta para não cair na pressão psicológica de cronômetros e contagens regressivas em sites e anúncios. “Essas estratégias são usadas para levar o consumidor a comprar por impulso, sem avaliar se a promoção é real”, reforça Barbosa.
Em caso de problemas, o consumidor pode procurar o Procon de sua cidade ou registrar reclamação no site www.consumidor.gov.br, caso o fornecedor esteja cadastrado na plataforma.
Com atenção redobrada e informação, é possível aproveitar a Black Friday sem cair em golpes ou comprometer o orçamento.
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