Um ano após a homologação do Novo Acordo do Rio Doce pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Samarco comemora avanços significativos nas ações de reparação e compensação socioambiental.
Os recursos têm sido aplicados em políticas públicas, pagamento de indenizações, reconstrução de distritos e recuperação ambiental na Bacia do Rio Doce. Desse total, R$ 19,5 bilhões correspondem a obrigações diretas da Samarco. Outros R$ 10,9 bilhões foram repassados a governos e instituições de Justiça, fortalecendo políticas em áreas como saúde, infraestrutura, saneamento e programas sociais.
“O rompimento de Fundão foi um evento que lamentamos profundamente. Nosso compromisso é assegurar uma reparação definitiva. O Novo Acordo do Rio Doce representa um avanço importante, trazendo mais clareza, segurança jurídica e efetividade às ações de reparação”, afirmou o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.
O acordo, que prevê investimentos de R$ 170 bilhões ao longo de 20 anos, também determinou a liquidação da Fundação Renova, processo já concluído pela empresa e autorizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Indenizações impulsionam economia regional
Até setembro de 2025, as indenizações e auxílios financeiros pagos no âmbito do Novo Acordo somaram R$ 14 bilhões, beneficiando mais de 288 mil pessoas. O volume de recursos tem impulsionado a economia local, fortalecendo o comércio, as cadeias produtivas e a geração de empregos nos municípios atingidos.
O Programa Indenizatório Definitivo (PID) concentrou a maior parte dos pagamentos: foram 328 mil requerimentos e 242 mil beneficiários entre pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 8,9 bilhões. Povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais receberam R$ 943 milhões em auxílios específicos.
Esses valores se somam aos R$ 18,1 bilhões já pagos pela Fundação Renova até setembro de 2024, contemplando 447,3 mil acordos individuais.
Distritos reconstruídos e vida retomada
A Samarco concluiu 100% das obras iniciadas antes da assinatura do Novo Acordo nos novos distritos de Novo Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, ambos em Mariana (MG). No total, foram entregues 389 obras, incluindo 22 bens públicos como escolas, postos de saúde, praças, cemitérios e sistemas de tratamento de água e esgoto, além de moradias, comércios e equipamentos comunitários.
Os bens públicos foram repassados à Prefeitura de Mariana, com garantia de funcionamento pelos próximos três anos. O repasse previsto é de R$ 108,9 milhões, sendo R$ 44,6 milhões já pagos. Seis novas construções, definidas pelos próprios moradores após a homologação do acordo, permanecem em execução e devem ser concluídas até o fim de 2026.
Com os distritos reerguidos, a vida comunitária se restabelece. As novas comunidades já contam com 57 estabelecimentos comerciais — entre padarias, mercados, salões de beleza e lojas agropecuárias — além de escolas e espaços religiosos em pleno funcionamento.
Ações ambientais avançam na Bacia do Rio Doce
Na área ambiental, a Samarco mantém o ritmo das ações de reflorestamento e proteção de nascentes. Atualmente, 42,7 mil hectares já foram cercados e estão em recuperação, de um total de 50 mil previstos. Além disso, 3,9 mil nascentes estão protegidas ao longo da bacia.
A empresa também apresentou ao Ibama, em maio de 2025, o Plano de Recuperação Ambiental (PRA), que orientará as próximas etapas das ações de reparação e compensação. Nove viveiros parceiros em Minas Gerais e no Espírito Santo produzem mudas nativas, totalizando quase 11 milhões já destinadas a áreas de preservação e recarga hídrica. A Rede de Sementes e Mudas do Rio Doce, formada por comunidades locais, coletou 160 toneladas de sementes de mais de 200 espécies nativas.
Balanço do primeiro ano do Novo Acordo do Rio Doce
R$ 30,4 bilhões destinados à reparação no primeiro ano; R$ 68,4 bilhões no total desde 2015
R$ 19,5 bilhões em ações diretas da Samarco
R$ 10,9 bilhões repassados a entes públicos
R$ 152,6 milhões pagos em parcelas iniciais a 26 municípios (20 mineiros e 6 capixabas)
R$ 14 bilhões em indenizações e auxílios, beneficiando 288 mil pessoas
R$ 943 milhões destinados a povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais
100% das obras concluídas em Novo Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo
42,7 mil hectares de áreas reflorestadas e 3,9 mil nascentes protegidas
Foto: Pedro Vilela / Divulgação